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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

 Lembranças, lamentos e um novo dia!



A vida é boa, bela e difícil. Assim como contraditórios somos todos nós. Ora somos bons, solidários e generosos e em outros momentos deixamos aflorar sentimentos dos quais não nos orgulhamos, fazendo-nos lembrar que a natureza pecaminosa está ali, latente, aparentemente "morta", mas bem viva, pronta a aflorar.


Quando acordamos para a vida cristã, quando somos efetivamente tocados por Deus por intermédio da sua maravilhosa graça, adquirimos a capacidade de enxergar os nossos defeitos e somos então confrontados com os nossos pecados, mesmo os mais íntimos. As nossas máscaras cuidadosamente desenhadas e meticulosamente cultivadas acabam por serem retiradas, instante em que nos deparamos com as nossas verdadeiras feições. E a transformação se inicia, a redesenhar uma nova criatura, a ser reconhecida pelo Eterno como filho adotivo em Cristo Jesus.



Entretanto, a contradição ainda se faz presente em nosso ser, porque, ainda que em processo contínuo de redenção, depois de alcançados pela graça salvadora, continuamos longe da perfeição. Ao invés de andarmos firmes e eretos, caminhamos ainda recalcitrantes, meio que trôpegos, caindo e levantando. Somos lembrados, com isso, que a força não está em nós mesmos, não é inerente ao nosso ser, mas emprestada daquEle que nos criou e depois nos salvou. Estamos no longo processo de reconstrução, cujo Construtor nos redesenha da forma que melhor lhe apraz. O barro vai sendo moldado conforme a vontade do Oleiro.



Em meio à difícil caminhada ganhamos e perdemos. Caímos e nos levantamos. Por vezes cambaleantes, outras novamente firmes. A promessa porém, a certeza maior e mais significativa é que alcançaremos a reta final e não ficaremos caídos pelo caminho. Isto porque somos alimentados pelo amor daquEle que nos salvou, introduzindo -nos esse combustível e alimento a nos impelir para a frente, sempre para frente, sem retroceder jamais...



Ganhamos, ao longo da caminhada, inúmeros irmãos, que se transformam em verdadeiros amigos. E eis que a trilha, antes palmilhada penosamente só, se enche de mais e mais pessoas, em cuja comunhão é possível enxergar a face de Cristo. À sombra do Salvador e por ele embalados entoamos, todos juntos, hinos de louvor e glória, e ação de graças.



Contudo, em algumas dessas vezes, enquanto caminhamos juntos , tentando aprender mais do Eterno, deixamos que a outra sombra se transforme em treva densa e somos eventualmente tragados. Mas a certeza é que seremos ajudados, pois as mãos que nos foram estendidas outrora ainda continuam a se oferecer, em constante auxílio.



É doloroso perder a amizade de irmãos que se transformaram em amigos, porque deixamos aquela sombra tragar a beleza do relacionamento de outrora; a camaradagem erigida em longas e aprazíveis conversas. A má compreensão dos motivos do outro, o ser incompreendido nos próprios motivos; a conversa mal explicada, a convicção duramente afirmada; tudo impelindo para o rompimento. Junto, vem a tristeza e a incapacidade de recuperar algo perdido, porque não é possível identificar o motivo específico a quebrar a confiança e a levar à tristeza e ao distanciamento final.



Resta-nos agora usar a experiência que adquirimos ao longo da caminhada com o Mestre. O novo "ofício" aprendido nos capacita a reconstruir o que foi destruído. Construímos pontes sobre as valas abertas a fim de que o terreno seja religado, fazendo com que o fluxo seja novamente restabelecido. E o fluxo - que corre sob as pontes - é contínuo e calmo, formado por límpidas águas que fluem de um rio. E esse rio é Cristo.



A certeza final e imorredoura é que há tempo para tudo debaixo do sol: tempo para rir e tempo para chorar. Tempo para construir e tempo para reconstruir o que as intempéries destruíram.



Honra e glória a Cristo, e que estejamos aptos a aprender com ele hoje e eternamente.
Fonte:Ricardo Mamedes
Deus abençoe a todos
Paz
Lucas Fagundes

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