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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Deus honra aqueles que o honram sem motivos interesseiros

Deus honra aqueles que o honram sem motivos interesseiros
Rute 4.13-22
No último capítulo do livro de Rute os três heróis de Deus aparecem juntos: Noemi, Rute e Boaz.
Resumindo tudo o que já foi dito acerca deles, podemos dizer que os três são considerados heróis da fé porque em tudo procuraram “honrar a Deus em suas vidas”.
Noemi honrou a Deus porque mesmo amargurada, mesmo com o coração ferido, não abriu mão de sua fé; continuou crendo que, apesar das tragédias sofridas, o Senhor é benevolente e abençoador; Ele tem o controle até mesmo das tragédias da vida; Ele não se esquece para sempre dos seus.
Rute honrou a Deus porque mesmo sem promessas de bênçãos e benefícios, decidiu cuidar de sua sogra, amá-la e servir ao seu Deus; mesmo sem nenhuma perspectiva de dias melhores, deixou sua casa, sua terra, seu povo, seu deus, e decidiu servir ao Deus de Israel.
Boaz honrou a Deus quando fez pela viúva e estrangeira Rute além daquilo que a lei prescrevia, além da sua obrigação; quando em plena meia-noite não se aproveitou da carência de Rute; quando não agiu na calada da noite; quando procurou o justo, o correto e o honesto mesmo correndo o risco de perder a virtuosa Rute, o sonho de consumo de qualquer homem sério.
E, agora, nestes versículos finais do livro, nós temos o registro do momento em que Deus resolveu honrar essas duas grandes heroínas e este grande herói da fé.
De sorte que, podemos afirmar, com base no livro de Rute, que “Deus, honra aqueles que o honram sem motivo interesseiros”.
Em primeiro lugar, Deus honra aqueles que o honram…
1. Atendendo aos anseios e suspiros dos seus corações
No livro de Rute não existem orações invocatórias dirigidas diretamente a Deus. Existem desejos e anseios de que o Senhor faça algo por alguém.
Até o final da história todos os desejos e anseios dos personagens são atendidos por Deus.
1.8,9 à Noemi deseja e anseia que o Senhor seja benevolente com Rute e Orfa e lhes conceda um marido, um lar e felicidade.
O livro chega ao seu final mostrando que Rute foi abençoada com um marido, um lar e com um filho.
2.12 à Boaz deseja e anseia que o Senhor retribua/recompense a Rute por sua atitude de cuidar de sua sogra, de deixar seus pais, seu país e vir para morar com um povo desconhecido.
O livro se encerra mostrando que o Senhor retribuiu a Rute muito mais do que o que ela esperava.
4.11,12 à O povo da cidade deseja e anseia diversas bênçãos do Senhor sobre a vida de Rute e sobre Boaz.
Que faça com Rute …como a Raquel e como a Lia, … (estas foram as mães fundadoras da nação de Israel. As duas a partir do nada edificaram a casa de Israel).
- Que seja fértil como elas e tenha muitos filhos afamados.
Resumindo: O povo ali presente desejou que Boaz e Rute fossem prósperos e importantes como os famosos ancestrais Jacó, Raquel, Lia e Perez.
- Os anseios aqui são atendidos; Rute se torna fértil, dá a luz um filho, e esse filho veio a ser importante em Israel.
Portanto irmãos, Deus honrou os seus heróis da fé atendendo todos os desejos e anseios dos seus corações.
Isso nos faz lembrar as palavras do salmista no Salmo 37.4.
“Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração.

Mas, em segundo lugar, Deus honra aqueles que o honram…
2. Transformando as sentenças obscuras que repousam sobre suas vidas
O livro de Rute nos mostra que diversas sentenças obscuras repousavam sobre a vida de Noemi.
- A fome, a escassez de alimento, a pobreza.
- A perda irreversível do marido e dos filhos.
- A viuvez e o desamparo.
- A falta de descendentes e a real possibilidade de ter o nome de sua família extinto em Israel.
- Restava a ela apenas a perspectiva de uma velhice solitária e amargurada.
Todas essas sentenças obscuras repousavam sobre a vida de Noemi. Isso era tão forte no coração que ela propôs uma mudança de nome. O nome na cultura hebraica revelava muito da essência de uma pessoa. A agradável Noemi pediu para ser chamada de Mara, a amargurada.
No entanto, o Deus que honra aqueles que o honram, honrou a sua serva Noemi.
O livro de Rute mostra que…
· O Senhor pôs fim a sua pobreza e escassez de alimento colocando em sua vida o generoso e íntegro, Boaz.
· O Senhor livrou da extinção a sua descendência dando-lhe um descendente de linhagem nobre, filho de Rute com Boaz.
· O Senhor a livrou de uma velhice solitária e amargurada dando-lhe uma nora leal e um neto que seria restaurador de sua vida e consolador de sua velhice. (4.14,15)
· O Senhor transformou a sua escassez em abundância, a sua pobreza em riqueza, o seu desamparo em amparo, a sua amargura em gratidão.
O Senhor transformou as sentenças obscuras que repousavam sobre sua vida.
Que sentenças obscuras repousam sobre a sua vida, sobre sua família, sobre o seu casamento, sobre a sua vida financeira, sobre os seus sentimentos e emoções, sobre sua vida espiritual?
Honre a Deus na sua família, no seu casamento, na sua empresa, no seu trabalho, no seu comércio, no seu relacionamento com seus irmãos, na sua vida espiritual. Honre a Deus, porque Ele tem prazer em te honrar transformando as sentenças obscuras que repousam sobre você.
Mas, em terceiro lugar, Deus honra aqueles que o honram…
3. Dando-lhes reconhecimento diante dos homens
Quando lemos a história de Rute percebemos que ela não tinha a menor pretensão em receber glórias, louvores, honras ou reconhecimentos humanos.
O que fez por sua sogra o fez por amá-la, por devoção. Quando decidiu servir ao Deus de sua sogra, não o fez por interesses pessoais, por motivações egoístas. Quando decidiu servir a Deus o fez por ser Ele Deus, e nada mais.
No entanto, mesmo não tendo pretensões, interesses pessoais, motivações egoístas, o Senhor concedeu-lhe honra e reconhecimento diante dos homens.
Percebemos isso nas palavras de Boaz. (2.11,12; 3.11)
Pelo seu proceder e pelas suas atitudes, e pela sua conduta, Rute recebeu reconhecimento e honra diante da sociedade israelita.
à Percebemos também nas palavras das mulheres de Belém. (4.15)
…, e ela te é melhor do que sete filhos.
Em nossa cultura atual ter “sete filhos” é algo quase inconcebível. Sete filhos indica trabalho, despesas e “dor de cabeça”.
Na cultura israelita, o desejo de todos os casados era ter uma prole masculina numerosa. Ter muitos filhos era preferível a ter filhas. Sendo assim, falar de Rute como sendo mais valiosa para Noemi do que sete filhos era o supremo tributo, o louvor máximo, a mais alta honra.
Sendo assim, percebemos que Deus honrou a sua serva Rute dando-lhe honra diante dos homens.
É preciso que se diga que o Senhor continua fazendo isso hoje; continua honrando os seus servos diante dos homens. Mas ele o faz com aqueles que o servem sem interesses pessoais, sem motivações egoístas, sem almejar fama, sem querer fazer para si mesmo um nome.
Ele o faz com aqueles que o servem por amor, por devoção, por simplesmente ser Ele Deus. Ele o faz com aqueles que o honram sem motivos interesseiros.
Para concluir, Deus honra aqueles que o honram…
4. Fazendo muito mais além do que imaginam ou ambicionam para suas vidas (4.17-22)
O desejo e o anseio de Noemi para sua nora era tão somente que o Senhor lhe concedesse um esposo, um lar e uma família.
Seguramente Rute tinha desejo e anseio semelhante aos de sua sogra. Com certeza ela gostaria de casar-se novamente, ter um lar e constituir uma família. Um desejo natural, comum e normal para uma mulher, especialmente naquela cultura. Ou seja, tanto Noemi quanto Rute desejavam e ambicionavam para suas vidas o comum, o normal, o natural.
No entanto, o livro de Rute revela que o Senhor fez muito mais além do que essas duas heroínas da fé desejavam e ambicionavam para si mesmas. (4.17-22)
O filho de Rute, neto de Noemi, foi nada mais, nada menos, do que Obede o avô de Davi, o maior rei de Israel, o suave salmista, o homem segundo o coração de Deus.
Quando lemos o NT vemos que a honra dada a Noemi e Rute extrapolou a própria existência terrena delas. Ouso dizer que o Senhor fez “homenagens póstumas” às suas duas heroínas.
Escrevendo o seu evangelho para um público predominantemente judaico, Mateus inclui Rute, seu marido Boaz e seu filho Obede, neto de Noemi na linhagem do Messias (Mt 1.1,5).
Noemi e Rute nunca imaginaram, nunca desejaram, nunca ambicionaram, mas o Senhor as colocou na linhagem santa, e as usou como canal para introduzir no mundo o salvador da humanidade.
Deus perpetuou o nome de Rute, fazendo dela a mãe de uma abençoada descendência.
Deus honra aqueles que o honram, sem motivos interesseiros, sem motivações egoístas, sem interesses pessoais.
Conclusão
Portanto, honremos ao Senhor em todo o nosso viver, em toda e qualquer situação, pois Ele é o Deus que honra aqueles que o honram sem motivos interesseiros.
· Atendendo aos anseios e suspiros dos seus corações…
· Transformando as sentenças obscuras que repousam sobre sua vida…
· Dando-lhes reconhecimento diante dos homens.
· Fazendo muito mais além do que imaginam ou ambicionam para suas vidas.

Fonte: Gospel +

Fé e obras – A fé anula a Lei?

Fé e obras – A fé anula a Lei?
INTRODUÇÃO
Tiago 2:24 “Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.”
Muitas são as interpretações dadas aos argumentos que Tiago utiliza em sua epístola na seção que vai do versículo quatorze ao vinte e seis do capítulo dois. A primeira vista, nota-se uma aparente contradição entre os ensinos paulinos e os que são aqui apresentados, porém é fato aceito por toda a cristandade que a Bíblia não apresenta contradições, por isso nesta pesquisa vão ser analisados os argumento de Tiago de forma sequencial, levando-se em consideração as regras gramaticais gregas e as interpretações dadas por diversos comentaristas, mas tendo como regra hermenêutica principal a de que a Bíblia interpreta a própria Bíblia, com o objetivo de entender a relação que as obras com a fé e qual o seu papel no plano da salvação.
Contextualização
A epístola de Tiago não possui data fixada, supõe-se que foi escrita por volta do ano 62 A. D. Outra suposição fixa a data entre 66–70 A. D.
O provável local de composição é Jerusalém, pois a epístola apresenta aspectos que demonstram a familiarização do autor com esta região: vida beira–mar, abundância de azeite, vinho e figos, sal e fontes amargosas. Além disso, há alusão a chuvas de estio. Isso indica à região da Palestina.
No tempo da epístola o cristianismo estava se tornando para alguns, um meio de sentimento e apenas emoções. A fé viva demonstrada na prática de uma religião de atos de amor estava se esvaindo. O cristianismo desfigurou-se, tornando-se matéria de sentimentos e de afirmações que se tornaram mero assentimento intelectual. A epístola começa com a declaração de: “Tiago servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo…”, parece pouco para que se faça uma identificação imediata de quem realmente é o autor do livro. Isso realmente pode ser considerado um problema, vários comentaristas, dentre eles R. N. Champlin, consideram Tiago, um dos livros mais problemáticos do Novo Testamento (NT), principalmente no que diz respeito a sua autoria. Para Douglas J. Moo no NT há pelo menos quatro homens chamados “Tiago”, os quais seriam autores potenciais da epístola. Já para Barclay, existe um quinto indivíduo que pode ser considerado autor do livro, para ele Tiago é correspondente a Jacó no Velho Testamento (VT). Jacó que tem no NT sua forma helenizada do hebraico Iakob, como Iakobos.
Bem, os possíveis autores podem ser: a) o pai de Judas, não o Iscariotes, b) um dos discípulos, filho de um homem chamado Alfeu, c) Tiago menor de Mc 15:40, sabe-se pouco sobre ele, d) o irmão de João filho de Zebedeu, e) o conhecido em Gl 1:19 como “irmão do Senhor”. Dentre todos, dois se destacam como os mais prováveis: o filho de Zebedeu e o irmão do Senhor. Agora segundo At 12:2, Tiago filho de Zebedeu morreu moribundo em 44 A. D. isso torna remota a possibilidade deste ser o autor da epístola. Então tudo indica Tiago irmão do Senhor como o Tiago do Livro.
Audiência
Ainda no verso um do capítulo primeiro, “…às doze tribos da dispersão: saudações!”, pode-se avaliar a quem está sendo dirigida a epístola. A palavra dispersão dá a entender que se trata de cristãos de origem judaica, os quais tinham a fé como resultado de uma obra que torna o homem perfeito, explicitado mais tarde no capítulo dois versos quatorze à vinte e seis.
Tiago, aparentemente enfrentou uma situação onde as pessoas professavam fé em Cristo e participavam da comunidade cristã, mas não percebiam as vastas implicações morais e éticas de tal envolvimento.
Vários dos cristãos a quem Tiago escreveu haviam feito algum progresso na carreira cristã, porém não estavam lutando com suficiente dedicação para alcançar os ideais da fé em Cristo, tais como: perseverança nas provações, determinação na perspectiva cristã, a igualdade entre as pessoas, a responsabilidade econômica e o planejamento da vida pessoal centralizado em Deus.
Tiago enfrentava o problema do intelectualismo, pessoas que tinham uma fé somente de cunho teórico. Defendiam que a fé, sem obras, é suficiente.
Também pode-se verificar que esses crentes judeus eram pessoas pobres
(Tg 5:4-6; 2:6, 7) que estavam sendo oprimidos por ricos.
Quando Tiago se dirige a seus leitores como “irmãos”, ele está dizendo que seus discurso tem como alvo membros da comunidade cristã e que os assuntos tratados são de natureza interna da igreja.
Agora Tiago pode também ser endereçados aos cristãos de todas as épocas, pois trata de assuntos que ele mesmo achava que deveriam ser a maior preocupação de todos os crentes; por isso, Tiago incluía entre as epístolas “católicas”, que tem um sentido de universalidade.
CAPÍTULO I
A FÉ QUE SALVA
“Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano. E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.” (Tg 2:14-17).
Que proveito há? (ti ofelov; ) .Tiago inicia seu discurso dirigindo-se a seus irmãos com uma questão retórica, que quase sempre denota impaciência. Esta impaciência é presumível devido ao zelo de Tiago em manter a unidade doutrinária da Igreja. A partir desta parte da epístola Tiago pretende responder algumas perguntas levantadas por pessoas da igreja que diziam ter fé, mas recusavam fazer as coisas que ele achava que um crente deveria fazer, isto provavelmente suscitava uma certa impaciência por parte dele. também era uma expressão comum no estilo vivaz de uma diatribe ” moral, que geralmente exigia uma resposta negativa. Tiago
pergunta – “Se um homem diz que tem fé mas não tem obras pode esta fé salvá-lo”? . Esta pergunta se dirige a uma pessoa ou grupo de pessoas que defendem uma visão de “fé somente”, uma fé que não se empenha nas obras cristãs e que pode existir alheias a elas, esses não fazem questão de praticar tais obras, pois crêem que elas não influem em sua salvação. O escritor porém tem uma visão de que a fé não pode sobreviver sem as obras na vida de um cristão ativo que tem em seu interior a manifestação do Espírito Santo. As obras a que se refere são obras como atos de amor e misericórdia praticadas pelos cristãos em cumprimento da lei de Deus (2:8-13), que tem por sua vez o objetivo de exteriorizar e aprimorar o relacionamento entre o
homem convertido e o Deus salvador.
Ao contrário do que parece ao se ler rapidamente este versículo, o autor não se refere a fé de uma maneira genérica, dizendo assim que o homem não se salva somente pela fé, mas ele condena especificamente a fé de seus opositores e assim diz “Pode, porventura essa fé salvá-lo”?
A palavra salvar deve se referir neste contexto ao juízo final, e não a uma experiência passada, isto estaria de acordo com o sentido geralmente demonstrado por esse termo (ver Mt 24:13; Rm 5:9).
Para reforçar suas argumentações Tiago apresenta uma série de ilustrações, sendo que primeiramente apresenta uma situação provavelmente hipotética. Esta ilustração expõe a insensatez da fé sem obras revelando a situação de alguns cristãos primitivos e a reação inadequada de alguns de seus irmãos. Os opositores de Tiago desejavam que os irmãos necessitados passassem bem, e até oravam por eles. O “aquentai-vos e fartai-vos” dá a entender que diziam: “que Deus vos aquente e vos farte”. Porém isto não os levava a lhes dar “as coisas necessárias ao corpo” de seus irmãos, e essa recusa para avançar tornava imprestável a sua simpatia e sua oração. Tiago entendia que ser cristão era realizar boas obras.
Tiago conclui dizendo: Se não tem obras em si mesmo (de acordo com si mesmo), está interiormente e exteriormente morto (?????). Essa é a mesma linguagem usada em At 28:16; Rm 14:22. Em suma, a fé desses opositores é uma fé morta.
CAPÍTULO II
A FÉ SEM OBRAS É ESTÉRIL
“Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem, e estremecem”. (Tg 2:18-20).
No versículo 18 são apresentados dois opositores hipotéticos que estão envolvidos na discussão: um é “tu” e o outro é “eu”. A primeira pessoa é aparentemente cristã, e pretende salvar-se somente pela sua fé; a Segunda, aparentemente um cristão, talvez de origem judia, quer se salvar por suas próprias obras.
{Mas, alguém dirá} Tiago introduz um acusador imaginário que fala uma oração: “Tu tens fé e eu tenho obras “. Então Tiago responde a este acusador. O acusador pode ser considerado como fazendo uma pergunta pequena: ” Tu tens fé “? Naquele caso Tiago responde: ” Eu também ” tenho obras. {me mostre tua fé aparte das obras}. Esta é a resposta de Tiago ao acusador. {E eu por minhas obras vou te mostrar minha fé}. Isto não é fé _ou_ obras, mas prova de real fé (fé viva _vs_. fé morta). A mera profissão de fé sem obras ou profissão de fé mostradas para ser viva através de obras. Esta é claramente a alternativa declarada. Note (fé) em ambos os casos. Tiago não está aqui discutindo ” obras ” (obras cerimoniais) como um meio de salvação como Paulo em Ga 3; Rm 4, mas obras como prova de fé.
No versículo 19 é citado um exemplo de fé sem obras que se relaciona com a primeira parte da resposta de Tiago: “Mostra-me a tua fé sem obras”. A fé sem obras existe, mas não entre os crentes, e sim entre os demônios. Isso demonstra claramente que a fé à qual Tiago está se referindo está muito aquém da fé que ele Paulo proclamavam. Aqui ele mostra que este tipo de fé vazia não passa de informação sobre Deus, tal qual a dos demônios, e que ela conduz a nada mais do que um temor abjeto diante de Deus.
CAPÍTULO III
OS ARGUMENTOS VETEROTESTAMENTÁRIOS
“Mas queres saber, ó homem vão, que a fé sem as obras é estéril? Porventura não foi pelas obras que nosso pai Abraão foi justificado quando ofereceu sobre o altar seu filho Isaque? Vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada; e se cumpriu a escritura que diz: E creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça, e foi chamado amigo de Deus. Vedes então que é pelas obras que o homem é justificado, e não somente pela fé. E de igual modo não foi a meretriz Raabe também justificada pelas obras, quando acolheu os espias, e os fez sair por outro caminho”? Tg 2:25.
No versículo 20 Tiago introduz uma nova fase em sua resposta há declaração de que a fé pode existir sem as obras correspondentes. Agora ele irá mostrar, a partir do AT, que a fé real sempre é acompanhada de obras e que esta “fé operante” leva à aceitação perante Deus.
“Justificado através de obras”. Esta é a frase que é usada freqüentemente para ser horizontalmente oposta à declaração de Paulo em Rm 4:1-5, onde Paulo afirma que foi a fé de Abraão (Rm 4:9) o instrumento pelo qual lhe foi imputado a justiça, não as obras dele. Mas Paulo está falando sobre a fé de Abraão antes da circuncisão dele (4:10) como a base da sua justificação com Deus que é simbolizada pela fé na circuncisão. Tiago também deixa claro o seu significado. Nisso ele ofereceu Isaque o seu filho no altar. Eles usam as mesmas palavras, mas estão falando de atos diferentes. Tiago aponta ao oferecimento de Isaque no altar (Gn 22:16) como prova da fé que Abraão já teve. Paulo discute a fé de Abraão como a base da justificação dele, dele e não sua circuncisão. Não há nenhuma contradição entre Tiago e Paulo. Ninguém está respondendo o outro.
Tiago afirma que Abraão praticou obras e que aquelas obras foram usadas como critério no julgamento final de Deus sobre a vida de Abraão. Ele pressupõe que Abraão tinha fé e que aquela fé foi um elemento básico em sua aceitação por parte de Deus (vv. 22-23). Mas ele enfatiza que a vida de alguém que tenha sido aceito por Deus precisa revelar o fruto desse relacionamento, através de boas obras. Paulo se concentra naquilo que precede e torna possível estas obras.
Paulo quer deixar claro que uma pessoa entra no reino de Deus somente pela fé; Tiago insiste em dizer que Deus exige as obras daqueles que estão dentro.
Tiago constantemente bate nesta tecla enfatizando que o cristianismo exige tanto fé quanto obras. Ele enfrentou uma situação em que as pessoas diziam ter fé sem obras, e desafiavam estas últimas. Paulo enfrentou uma situação em que os homens enfatizavam o valor das obras sem uma ênfase na fé. Ambas as ênfases precisam ser exercidas.
Tiago relata ainda outro episódio veterotestamentário para reforçar seus argumentos, de forma resumida ele relata a atitude de fé de Raabe em receber e guardar os espias de Israel, suas obras demonstraram a abrangência da sua fé. Tanto ela quanto Abraão demonstraram uma completa despreocupação com sua própria segurança e comodidade aceitaram os desígnios divinos. Tiago mostrou que o mais venerável entre os fiéis e a mais desapreciada entre os gentios encontraram igualmente sua justificação através de uma fé atuante.
CAPÍTULO IV
A FÉ SEM OBRAS É MORTA
“Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tg 2:26).
Assim Tiago conclui este capítulo, reafirmando o seu tema central: a fé sem obras é morta. Afirmando que do mesmo modo que o corpo sem sua respiração não passa de um cadáver, assim também a fé, sem as obras que lhe dão vitalidade, é morta. Esta conclusão reafirma a preocupação de Tiago que se refere ao tipo certo de fé que um cristão deve ter, uma fé operante. A partir deste pressuposto vê-se que sem este tipo de fé, o cristianismo torna-se uma ortodoxia estéril e perde todo o direito de ser chamado fé.
CONCLUSÃO
Como foi visto anteriormente na análise de Tg 2:14-26, Tiago se mostrou incomodado com uma atitude da fé de quem a vê principalmente como uma confissão verbal, tal como a confissão de que Deus é um só (v.19). esta demonstrou-se ser uma fé sem obras (vv. 20, 26), e Tiago a considerou morta (vv.17, 26), inoperante (v.20); ela não tem poder para salvar (v.14) ou justificar (v.24). Tiago pressupõe a necessidade da fé. Ele afirmou possuir fé (v.18). Mas a fé que ele possui, “fé real”, é acompanhada de obras (vv. 14-17), “consumada” por elas (v. 22) e opera “juntamente com suas obras” (v.22). É o tipo de fé demonstrado por Abrão, reverenciado “pai da fé” (vv. 21-23), e Raabe, a rejeitada imoral (v.25). É absolutamente vital compreendermos que o principal ponto deste argumento, que foi expresso três vezes (nos vv. 17, 20 e 26), não é que as obras devem ser acrescentadas à fé, mas que a fé genuína as inclui; esta é a sua própria natureza.
A importância de Tiago para o cristianismo contemporâneo não deixa margem a dúvidas. O cristianismo realmente não existe quando crenças corretas ou declarações de fé são de tal interesse que possam ser substituídas por obrigações morais. A fé que não leva a uma ação moral e a um envolvimento cristão demonstra o seu próprio caráter como inútil. A fé demonstra a sua existência na obediência.
BIBLIOGRAFIA
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Apolinário, Pedro. Explicação dos textos difíceis da Bíblia. São Paulo: Instituto Adventista de Ensino, SALT, 1984.
Bultmann, R. Farschunigem Zur Religiom und Literatur the Altm und New Testament. Gottingen, NY: Vandenhoeck und Ruprecht, 1910.
Champlin, Russel N. O Novo Testamento interpretado. São Paulo: Candeia, 2000.
Champlin, Russel N., e João Bentes, Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia. São Paulo; Candeia, 1995.
Filho, Isaltino G. Tiago: nosso contemporâneo. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicação, 1990.
Friberg, Barbara, e Timothy Friberg. O Novo Testamento grego analítico. São Paulo: Vida Nova, s.d.
Geraldo, Tiago ed. Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulos, 1995.
Hahn, H. C. “Work, Do, Accomplish”, Dictionary of New Testament Theology. Ed. Colin Brown. Grand Rapids, MI: Zondervan Publishing House, 1986.
“James”. Vincent’s Word Studies in the New Testament. Ed. Marvin R. Vincent. Peabody, MA: Hendrickson Publishers, s.d. 1:615-619.
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Liddell, Henry George e Robert Scott. A Greek –English Lexicon. New York: Oxford University Press Inc., 1996. Ver “????”?
Martin, Ralph P. “James 2:14-26”. Word Biblical Commentary. Dallas, TX: Word Books, 1988.
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Valiant, Edilson. Doutrina da savação. Em Temas Teológicos. Capoeiruçu, BA: Centro de Pesquisa
Petterson Brey
Maio de 2002

Deus abençoe a todos

Lucas Fagundes

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Rodolfo Abrantes testemunha sobre sua vida com Cristo no Altas Horas, da Rede Globo. Confira o vídeo.

Rodolfo Abrantes testemunha sobre sua vida com Cristo no Altas Horas, da Rede Globo. Confira o vídeo.
O cantor e missionário Rodolfo Abrantes deu seu tremendo testemunho de vida no programa Altas Horas, da Rede Globo. Rodolfo já havia participado anteriormente do programa com o Rodox e com o Raimundos.
Rodolfo deixou a banda Raimundos em 2001, no auge de seu sucesso. Após uma fase onde abusou do uso de drogas e viveu uma vida desregrada, Rodolfo Abrantes e sua esposa converteram-se. Atualmente eles ministram na igreja Bola de Neve Church.
Veja abaixo o vídeo completo da participação de Rodolfo Abrantes no Altas Horas, da Rede Globo:
Recentemente uma imagem foi divulgada na internet como evidência que Rodolfo estaria retornando ao Raimundos. Ele, contudo, desmentiu e disse que não há possibilidades de voltar à banda.

Deus abençoe a todos

Lucas Fagundes

Discopraise divulga novo CD. Conheça a música “Tudo que Amo está em Ti”

Discopraise divulga novo CD. Conheça a música “Tudo que Amo está em Ti”
Formada pelos amigos Clayton O’Lee (Voz), Jota Albuquerque (Baixo), Cláudio Gomez (Teclados) e Davi Moreno (Guitarras) a banda brasiliense Discopraise está preparando o lançamento de seu novo CD “Como se não houvesse amanhã”.
A banda já gravou três CDs, seus dois primeiros trabalhos (Transformou, em 2002, e Vai tudo bem, 2007) eram voltados ao evangelismo e as letras falavam do amor de Deus e a mensagem da salvação. Com estes trabalhos a banda alcançou o público jovem e figurou em duas edições do Troféu Talento recebendo seis indicações.
Seu último CD “Se eu me humilhar”, diferente dos anteriores, é mais intimista pois fala do relacionamento particular com Deus. A mudança de som e letras da banda agradou a gravadora Graça Music que assinou com o grupo.
Depois do sucesso da parceria com a gravadora a banda está preparando seu novo CD intitulado “Como se não houvesse amanhã”, segundo o vocalista Clayton O’Lee o título está voltado a ideia de tomar a decisão do compromisso com Deus hoje e não deixar para o amanhã pois “o amanhã pode não chegar”.
O novo trabalho será uma mescla de adoração e músicas de celebração com referências disco e da música dos anos 70. A produção musical é de Ruben di Souza que produziu os discos anteriores da banda.
Confira abaixo a música “Tudo que amo está em Ti” do novo álbum que a banda já está divulgando:
Conheça a capa do novo CD do Discopraise:
Fonte: Gospel+

Deus abençoe a todos

Lucas Fagundes